04 fevereiro, 2009

80 anos pelo mundo: The Economist

Na realidade o texto abaixo apenas faz referência a uma matéria publicada no The Economist Online, no final do ano passado. Maurício Stycer, colunista especial do iG, comenta o octogenário de Tintim, usando como base o texto em inglês Understanding Tintin A Very European Hero. Confira:

(...)

Por conta justamente da data – os 80 anos da publicação de “No País dos Sovietes” – 2009 promete ser uma espécie de “ano Tintim”. Na Bélgica, deve ser inaugurado um museu dedicado ao trabalho de Hergé (1907-1983). Quem visitou as obras ficou impressionado com a ambição do projeto do museu. “A seriedade da arquitetura embute uma mensagem. Este não é um parque temático, mas uma galeria de arte”, escreve a “Economist”.

A revista fala também do projeto de Steven Spielberg de realizar um filme de ação baseado em Tintim. Já em pré-produção, o filme transformará o personagem, hoje mal conhecido nos Estados Unidos, numa franquia mundial. Spielberg, segundo um assessor de Hergé que negociou com ele, enxerga Tintim como “um Indiana Jones para crianças”. Em tempo: o nome verdadeiro do criador de Tintim era Georges Remi; suas iniciais, lidas ao contrário, RG, formam o som Hergé em francês.

O artigo da “Economist” lembra que, diferentemente de Tintim, um repórter que nunca escreveu uma reportagem e não tinha preocupação alguma com valores materiais, Hergé sempre cuidou muito bem de seu patrimônio, hoje administrado pela viúva Fanny e seu segundo marido. Mais de 200 milhões de álbuns já foram vendidos, e o personagem ilustra diferentes produtos licenciados – jogos, quebra-cabeças e livros para colorir, entre outros.

Além do racismo, da defesa da política colonial belga e do anti-comunismo tacanho, expressos em diferentes álbuns, Hergé também manifestou um claro anti-semitismo em alguns momentos de seu trabalho, em particular durante a ocupação nazista na Bélgica, lembra a “Economist”. “Há uma relação entre Hergé, este homem decepcionante, e sua criação, Tintim, que luta contra os déspotas com tanta bravura. Está na racionalização da impotência: uma preocupação bem européia”, escreve o autor do texto.

O blog do colunista traz também uma postagem que vale a pena ser lida, a respeito do álbum "No País dos Sovietes", lançado em dezembro no Brasil. Clique aqui para ler.
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