AS AVENTURAS DE TINTIM 2

Tudo o que sabemos sobre a continuação do filme de Tintim

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TPT ENTREVISTA ISAAC BARDAVID

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Game para smartphones ainda não está disponível em todos os países

TPT ENTREVISTA O DUBLADOR DE TINTIM

Oberdan Jr conversou com o blog em vídeo de duas partes. Confira!

25 abril, 2015

Yves Rodier, herdeiro artístico de Hergé, anuncia aposentadoria

Pra quem não reconhece pelo nome, Yves Rodier é simplesmente o responsável por finalizar a última aventura de Tintim, "Tintim e a Alfa-Arte", obra inacabada de Hergé que foi publicada pela primeira vez em português aqui no blog. O trabalho do quadrinhista canadense agradou a fãs de todo o mundo, incluindo antigos colaboradores de Hergé, como Bob de Moor.. Rodier não viveu preso a Tintim, mas criou suas próprias séries de bande dessinée, como "Simon Nian" e "El Spectro".

No mês passado, Yves Rodier anunciou sua decisão de abandonar o mundo dos quadrinhos. O prazer de desenhar foi consumido pela pressão da indústria, que exige mais produção em cada vez menos tempo. E, como este nunca foi um trabalho muito rentável, o artista decidiu, aos quase 50 anos, virar a página e buscar outro rumo profissional. "É uma decisão que tomo com tristeza", diz ele em um longo texto de despedida no Facebook (em francês), "porque trabalhar com história em quadrinhos era meu sonho de infância. Mas a realidade deste ambiente hoje está longe de estar à altura do meu sonho", desabafa Rodier, ao publicar a sugestiva charge abaixo.


Nos últimos anos, Yves Rodier vinha trabalhando para a editora Le Lombard, onde assinava o título "El Spectro". A série, iniciada em 2011, narrava as aventuras de um lutador de luta livre mexicano que nas horas vagas defendia os fracos e indefesos de inimigos perigosos. Embora fosse empregado da editora, o artista em momento algum culpou a empresa pela sua decisão. Ele associa a sua retirada ao novo modelo de mercado, mais associado à quantidade do que à qualidade. "O mundo mudou muito", diz ele no texto. "Não há mais glória no 'trabalho bem feito'. A glória vem agora quando traz dinheiro para seu patrão, mais rápida e frequentemente possível".

Como Rodier sempre teve uma boa relação com o TPT (inclusive já realizamos duas entrevistas - veja aqui e aqui - e ele foi o principal jurado em um concurso de desenhos do blog - relembre aqui), me senti no dever de entrar em contato com o artista para entender o que teria levado a esta decisão drástica. "Eu desisti da BD", disse ele. "Fazia anos que eu não tinha nenhum prazer em fazer isso. Não paga bem e tira toda qualidade de vida... Como eu completo 50 anos em dois anos, preciso de descanso e segurança. Quero um emprego estável, com um bom salário, e férias", concluiu.

Cheguei a questionar se a decisão seria irreversível, ou se poderíamos aguardar um possível retorno, quem sabe até como autor de um novo Tintim, mas a resposta não foi lá muito animadora: "Se eu fosse você, eu não esperaria". Assim, a indústria dos quadrinhos perdeu mais um gênio. E nós, fãs. perdemos o maior herdeiro artístico de Hergé.

Bob de Moor, colaborador de Hergé, autografa uma edição do pastiche "Tintim e a Alfa-Arte"
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23 abril, 2015

5 desvantagens de ser fã de Tintim

É, companheiros, ser fã de Tintim não é nada fácil. Principalmente aqui no Brasil! Se você ainda não é, pense duas vezes. Mas se está mais pra cá do que pra lá, fique atento a algumas desvantagens desse negócio que é ser um tintinófilo.


1. Você provavelmente nunca verá um novo Tintim

As histórias em quadrinhos, ou álbuns, de Tintim foram criadas entre 1929 e 1976. Após o falecimento de seu autor e desenhista, Hergé, em 1983, só foi publicado um novo álbum, com a aventura inacabada "Tintim e a Alfa-Arte". Segundo se conta, a vontade expressa de Hergé era que ninguém desse continuidade a sua obra. Seus herdeiros têm respeitado isso, o que nos leva a ter pouca - ou nenhuma - esperança de ver uma história inédita nas livrarias. Fala-se em uma publicação de outra obra inacabada, "Tintin et le Thermozero", nos moldes do 'Alfa-Arte', para os próximos anos. Mas uma aventura completa inédita, mesmo, você não vau ver... pelo menos não antes de 2052.

2. É caro ser um tintinófilo

Com a falta de álbuns inéditos, resta para os novos fãs completar a coleção de 24 aventuras de Tintim. Não são os livros mais em conta do mercado, mas ok, dá para levar. Para os fãs mais veteranos, ou para os que já completaram a coleção, existem poucas alternativas. Em matéria de literatura, são muitos os trabalhos publicados sobre Hergé e sua obra lá fora, mas quase nada em português (e nada no Brasil). Quando partimos para os objetos colecionáveis, na maioria das vezes o preço fala mais alto - bem mais alto! Por aqui, você simplesmente não encontra miniaturas, réplicas ou figuras dos personagens. E, para importar, você tem precisa estar disposto a desembolsar uma pequena fortuna. Assim, o fã fica meio que se mãos atadas, se o desejo é ser um colecionador.

3. Certas acusações têm um fundo de verdade

Vez por outra surge uma notícia relacionando a obra de Hergé ao nazismo, racismo, antissemitismo e outras polêmicas. E, por mais que o contexto histórico "justifique", não há como fugir de certas acusações. Hergé errou, foi um reflexo da sociedade eurocêntrica  de seu tempo, e temos que admitir isso. Então, ou você tem bons argumentos, ou é melhor nem entrar em uma discussão.

4. Você corre o risco de ser processado

Os herdeiros de Hergé são superprotetores. Sua viúva, Fanny, e o marido dela, Nick, afirmam que têm a missão de "promover e proteger" a obra do artista. Mas eles chegam ao extremo quando tentam proteger Tintim de seus próprios fãs, proibindo, vetando, processando, enfim, acionando legalmente qualquer um que infringir suas regras. Então, cuidado ao tentar homenagear Tintim de alguma forma, principalmente se decidir usar material cujos direitos pertençam à Moulinsart.

5. Você nunca conhecerá o criador de Tintim

Está aí uma das maiores desvantagens! O fã da Marvel ainda tinha uma chance remota de encontrar Stan Lee (quando este artigo foi publicado, em 2015, bem antes de sua triste partida) e pegar um autógrafo, o da Turma da Mônica mais ainda, mas e o fã de Hergé? Como o artista já nos deixou há mais de três décadas, é impossível ter o prazer de conhecê-lo, tirar aquela selfie e autografar seu álbum favorito... Isso sim é uma pena.
E aí, ainda quer ser um tintinófilo? Bom, falta de aviso não é... Mas "desvantagens" à parte, fã que é fã não se arrepende disso.
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19 abril, 2015

WikiLeaks divulga e-mails da Sony Pictures

E você com isso? Bem, talvez lhe interesse se eu disser que eles também falaram de Tintim.

Antes, porém, vamos a um resumo da ópera: como você deve saber, no final do ano passado, um grupo de hackers invadiu os computadores da Sony Pictures Entertainment e vazou arquivos importantes do estúdio, como senhas, roteiros, filmes que ainda nem tinham chegado aos cinemas e e-mails trocados entre diretores. A situação colocou os executivos da multinacional em uma situação constrangedora, influenciando na saída da então presidente, Amy Pascal, do comando da companhia.


Na última quinta-feira, 16 de abril, o site WikiLeaks, famoso por divulgar documentos confidenciais do governo, publicou os mais de 30 mil arquivos vazados. Entre eles, há vários documentos relacionados aos planos de mídia do filme "As Aventuras de Tintim", de 2011. Muitos deles, inclusive, são referentes à divulgação do longa no Brasil, revelando propostas para emissoras de TV e inúmeras tentativas de parcerias com empresas - desde o ramo alimentício até o de combustíveis - para licenciamento da marca. Tentativas estas, aliás, que parecem ter sido frustradas, já que não vimos por aqui tantos produtos licenciados do filme.

Pois bem, o que mais chamou atenção foi justamente um e-mail da ex-presidente, Amy Pascal, que pode revelar o conceito de todo o estúdio sobre o filme de Steven Spielberg e Peter Jackson. Dirigido a Ariya Watty, assistente da presidência do grupo, o e-mail, que não tem muitos detalhes, é datado de 09 de outubro de 2014, e pode ser lido aqui.

Na mensagem, a ex-presidente da Sony fala dos filmes em que "nós [o estúdio] somos bons", listando franquias como "Os Caça-Fantasmas", "Homem-Aranha", "Anjos da Lei", "Os Smurfs", "007" (todos estes com pelo menos mais uma sequência confirmada) e até "todos os filmes de Adam Sandler", só pra citar alguns.

Em seguida, ela comenta as "bombas" do estúdio, entre elas as animações "Operação Presente" e "Piratas Pirados", os remakes de "O Vingador do Futuro" e "Besouro Verde", dois filmes de Adam Sandler (sério?) e "Tin tin" (sic). O e-mail sequer é assinado, com aquela mensagem padrão "este conteúdo é de total responsabilidade de seu autor, e não da empresa, e etc, etc...". Mas, o fato é que todos os filmes rotulados como "bombas" realmente não tiveram uma bilheteria satisfatória. E vamos admitir, meus caros: isso inclui "As Aventuras de Tintim".


Tá, mas e o que importa a opinião da Sony? Bom, talvez você também se lembre que o estúdio é co-detentor dos direitos cinematográficos de Tintim, junto com a Paramount. O que significa que, não vendo lucro na marca, não é vantajoso para o grupo investir em produção, marketing ou distribuição. Considerando que a Paramount não vai querer assumir o risco sozinha, chegamos à conclusão: sem financiamento, sem filme. 

E só para relembrar: caso o filme não seja feito até 2017, os direitos voltam para a Moulinsart.
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16 abril, 2015

"As Jóias da Castafiore" ganha espetáculo ao ar livre

A associação Opéra pour Tous (Ópera para todos), que completa 20 anos de ópera ao ar livre, adaptou o álbum "As Jóias da Castafiore" em uma comédia lírica, que será apresentada no Château de La Hulpe, Bélgica, de 17 a 27 de setembro de 2015. A montagem contará com composições famosas de Mozart, Verdi, Rossini, Puccini, Wagner, Offenbach, Gounod, entre outros. Este último, aliás, é o criador da famosa "Ária das Jóias", a mais recitada pelo Rouxinol Milanês nas páginas dos álbuns de Hergé.

Clique aqui para conferir o site oficial do evento, e saiba alguns detalhes bem interessantes abaixo.

O álbum

"As Jóias da Castafiore" é uma história incomum de Hergé, em que toda a ação se desenrola no Castelo de Moulinsart e arredores. Os personagens não viajam a nenhum país exótico, como de costume, mas tentam desvendar o mistério envolvendo uma valiosa esmeralda da cantora lírica Bianca Castafiore. Hergé chegou a revelar que, "a partir deste álbum, minha ambição era a de simplificar ainda mais", contando "uma história em que nada aconteceria ... Só para ver se eu era capaz e manter o leitor em suspense até o fim".

A adaptação

Além do tom de humor e mistério, a aventura tem uma pegada muito musical, principalmente com os ensaios de Castafiore e do pianista Igor Wagner, a participação da fanfarra de Moulinsart, a música cigana e, claro, a esperta referência à gazza ladra (título de uma composição de Rossini). A ópera pretende seguir a estrutura dos quadrinhos, 'combinando drama e comédia, paródia e poesia em uma narração musical contínua e fluida', com a promessa de uma homenagem a Hergé e Mozart no final.

As árias tiveram as letras reescritas para narrar a história do álbum de Hergé. Você pode ver a lista completa no site oficial, clicando aqui. "Esperamos dar uma nova vida, com grande lealdade e grande respeito aos heróis tão perfeitamente desenhados pelo autor", afirma François de Carpentries, um dos responsáveis por esta empreitada.

Nick Rodwell (à esquerda) ao lado da equipe da "Ópera para Todos"
O elenco

A Orquestra de Câmara Nuove Musiche será responsável pelo musical, que terá no elenco nomes consagrados da ópera belga, além de um Tintim de 13 anos de idade. O Capitão Haddock não será um cantor, mas sim um ator; o que é compreensível, dada a aversão do personagem à música clássica. Para ver as fotos do elenco completo, clique no link.

Castafiore, Tintim, Haddock e Girassol
Hélène Bernardy - Bianca Castafiore
Michel de Warzée - Capitão Haddock
Amani Picci - Tintim
Axel Everaert - Prof. Girassol
Pierre Doyen - Dupond
Thierry Vallier - Dupont
Daniel Galvez-Vallejo - Serafim Lampião/ Papagaio Coco
Joëlle Charlier - Irma/ Velha cigana
Nabil Suliman - Nestor/ Açougueiro
Vincent Bruyninckx - Igor Wagner

O castelo

O Château de La Hulpe, construído em 1842, já recebeu outros eventos como este. O primeiro, em 1995, reuniu um público de 7.500 espectadores, para assistir a ópera ao ar livre "Don Giovani". De lá pra cá, o espaço apresentou óperas consagradas, como "Carmen", "O Barbeiro de Sevilha", "La Traviatta", "Aida", entre outros.

Modelo do cenário que será montado no Château de La Hulpe.
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03 abril, 2015

Um recado do Wolverine


Fique ligado )'')


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