26 janeiro, 2012

"As Aventuras de Tintim" por Fernando Moço

Contém spoilers!

Cheguei no cinema e me deparei com uma sala lotada na pré estreia. Muitas crianças como todo filme de desenho/ animação, mas acima de tudo, maioria de idosos e garotões de meia idade. Um deles tinha até uma camisa do Capitão Haddock que só vende na Europa. Ao meu lado estava um casal de idosos, de algum país europeu. Não sei se era a minha empolgação, mas no momento que entrei na sala, tudo ficou mais místico pra mim.


O filme começa e eu também comecei a caçar cada detalhe da apresentação. Senti falta da tradicional musica de abertura... acho que se ela estivesse lá, tudo seria ainda mais nostálgico. Na primeira cena, quando Hergé da as caras, o cinema todo suspirou. Deu pra sentir que as pessoas que estavam ali, já sabiam exatamente o que esperar do filme. Cada cena, cada detalhe que ia aparecendo, tudo ficava mais magico, dando um ar totalmente moderno ao clássico dos quadrinhos. Confesso que tinha medo de não gostar da forma da animação, mas percebi logo na primeira cena, que o estilo casaria perfeitamente com a historia, sem deixar nenhum entusiasta desanimado.

Vi o filme me divertindo com as piadas, rindo espontaneamente, me surpreendendo até mesmo quando eu já sabia o que iria acontecer. A cena da batalha naval é épica. A perseguição em Bagghar tira o folego de qualquer um que tenha se prendido a trama. As passagens entre as cenas, os links que foram criados de um ambiente a outro são geniais, dignos de nomes como Spielberg e Jackson. Saí do cinema como se tivesse ganhado o maior dos presentes, vendo o respeito com a obra, o laço com a modernidade e as tradições todas mantidas onde deveriam estar.

Tintin vem ser representado acima de tudo como o herói que sempre foi: Sem super poderes, sem apelar para violência, ou romantismos toscos. Ao final do filme da pra refletir e se admirar, como um desenho tão antigo, sem estes 3 aspectos conseguiu sobreviver durante tanto tempo.

Como vi a versão dublada, senti falta de algumas vozes. Haddock foi uma grande surpresa, muito embora o dublador contratado tenha dado conta do recado. Há momentos em que nem percebemos que o capitão não esta sendo representado por Isaac Bardavid. No restante, para mim esta tudo como deveria estar. Cheguei em casa correndo e peguei o livro para ler. Recomendo! Encontrei muitas falas idênticas as dos personagens no filme, que acusam a origem da historia, exatamente como foi concebida. A fidelidade com o original é espantosa para uma adaptação de um personagem com mais de 80 anos...

Fui dormir com todas as cenas se misturando as paginas do livro que tinha acabado de reler. Confesso que acordei no dia seguinte com um misto de sonho e realidade, não identificando se havia sonhado com o filme, ou se tinha vivenciado a experiência de fato. De qualquer maneira, a experiência agradou muito a um fã obcecado e muito exigente. Tenho certeza que verei este filme mais umas 10 vezes no cinema, sem me cansar, achando detalhes inéditos em todas as vezes que assistir. Acredito que não só os fãs, mas o grande Hergé também ficaria orgulhoso de ver sua obra como foi representada. De uma forma ou de outra nós sabemos que ele esta bem contente com o resultado...

Texto do leitor Fernando Moço.
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4 comentários:

  1. Também acho que Hergé teria gostado do filme!

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  2. Essa filme, foi muito bom,fiquei satisfeito.

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  3. Devo dizer que esse filme criou mais uma fã de Tintin! Eu nunca tinha me interessado antes, mas depois do filme eu fiquei louca pra ler e ver o Tintin em ação mais vezes!

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  4. POR FAVOR, alguem sabe me dizer aonde encontro e o novo do livro do tintin que vem TODOS OS LIVROS em uma ediçao so???? se alguem souber meu email eh filipegilbert@hotmail.com

    valeu a todos os FAS DE TINTIN FOREVER

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Fique à vontade para soltar o verbo, marujo!

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