20 julho, 2011

Equipe fala mais sobre o filme e suas possíveis continuações

Produtores e parte do elenco do filme "As Aventuras de Tintim" passaram por Cancún, México, para divulgar o filme durante um evento da Sony Pictures. A visita aconteceu na semana passada, mas os depoimentos da equipe ainda repercutem.

Steven Spielberg e Peter Jackson (foto) falaram sobre a parceria e a relação dos dois com o diretor James Cameron ("Avatar"), com quem pegaram algumas dicas. "Não há rivalidade e nem segredos entre nós, porque cada um conta sua própria história. Em termos de tecnologia todos são muito generosos", disse Jackson. "Sabemos de toda a concorrência que há nos estúdios, mas fora deles, realmente não há nenhuma rivalidade entre os cineastas", explicou Spielberg. "Compartilhamos informações. Somos centenas de cineastas compartilhando o tempo inteiro".

"Sem dúvida [Tintim] não é alguém conhecido nos Estados Unidos, mas este filme poderia iniciar uma maneira diferente de enxergar os filmes" - Peter Jackson.

Spielberg voltou a falar sobre seu primeiro contato com Tintim: "Foi um grande desafio conseguir levar Tintim para as telonas respeitando o coração do autor, tentando descubrir seu personagem, esse repórter aventureiro de Hergé a qual eu fui o último a me juntar, já que não li nenhum livro seu até 1981".

Respondendo aos jornalistas que questionavam sobre a técnica escolhida, o cineasta foi sincero. "Não tive medo de me meter neste processo porque já sabia onde estava me metendo", afirmou. "De certo modo eu encontrei outra forma de me relacionar com meus atores, já que quando os dirigia estava a apenas cinco metros deles, de modo que o trabalho se tornou algo muito íntimo. Normalmente quando dirijo fico a vinte metros de distância, sendo assim por este lado eu saí ganhando. Não vejo que problema há com o uso de computadores: Dreamworks ou Pixar já os utilizam em uma infinidade de projetos, era apenas uma maneira diferente, evitando os processos químicos que envolvidos em um filme", explicou Spielberg, se referindo às chuvas ou ferimentos nos atores que já causaram atrasos em alguns de seus filmes. "Agora há bem pouco de química com o advento do digital", confirmou Jackson, rindo da tese do parceiro.

O diretor confessou que, desde que viu a adaptação dos livros de J.R. Tolkien feita por Peter Jackson, estava ansioso para trabalhar com ele, e ainda se declarou um "fan boy" do trabalho do neozelandês: "Eu vi 'O Senhor dos Anéis' e virei um fã. Minha abordagem não foi pelo caminho mais honesto. Pedi que sua companhia fizesse os primeiros testes para Tintim", disse o diretor explicando como como foi feito o convite ao colega. "Com esta tecnologia, o cachorro (Milu) é tão humano quanto qualquer um dos personagens do filme, pela grande variedade de expressões que podemos lhe dar", completou.

Depois de ver os resultados, o cineasta ficou mais que emocionado: "Eu perguntei a Peter se ele estaria interessado em produzir Tintim e ele disse: 'Você tem que ver o que está atrás de mim na biblioteca. Toda a coleção de livros'". Jackson revelou que leu sua primeira aventura de Tintim aos nove anos de idade, e desde então ficou fascinado. "Eu estive esperando 20 anos para fazer este filme", disse o produtor.

"Peter [Jackson] eu temos conversado sobre ideias para os novos filmes se o primeiro tiver sucesso... esperamos que seja assim" - Steven Spielberg.

Enquanto isso, Kathleen Kennedy, produtora executiva de grande parte dos trabalhos da carreira de Spielberg, destacou que para cada dia de filmagens foi enviado um terabyte de informações para que a Weta, na Nova Zelândia, trabalhasse na animação do filme. "Ver a tecnologia que a sua empresa (de Jackson) criou é impactante", disse ela. "Tínhamos trabalhado com muitos, como a Industrial Light and Magic, mas neste caso, literalmente, eu não podia acreditar no que estava vendo. Tive o privilégio de ser parte de Jurassic Park e me tocou viver aquele momento onde tudo mudou de repente. Este é um momento similar".

"Eles (Spielberg e Jackson) não têm a necessidade de provar mais nada, mas a inovação está em seus genes", concluiu o ator Andy Serkis, que interpreta o Capitão Haddock.

Com informações dos sites DiarioTV, Milenio e  El País.
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