24 maio, 2014

Nick Rodwell fala sobre os projetos de Tintim para cinema, quadrinhos e TV

Nick Rodwell, administrador da obra de Hergé, concedeu uma entrevista reveladora ao Le Soir, jornal belga que acaba de formar uma parceria com a Moulinsart para publicar notícias relacionadas a Tintim em uma página própria (clique aqui e confira). O marido de Fanny Rodwell falou ao jornalista Daniel Couvreur sobre o insucesso do Museu Hergé, comentou sobre os projetos envolvendo novos álbuns, televisão e, claro, o segundo filme de Tintim. Pelo menos neste respeito, as notícias não são nada animadoras.


Novo filme


Questionado sobre o silêncio de Peter Jackson a respeito da sequência do longa "As Aventuras de Tintim" (2011), Nick Rodwell respondeu: "Ele é um homem muito ocupado! Não vai começar este ano, porque ele dedicou toda a sua energia às três partes de 'O Hobbit'. Ele deve concluir tudo isso antes de ter tempo para Tintim. É ele quem decide". Segundo o Lapresse, o marido de Fanny Rodwell explica que o filme "não ficará pronto antes 2017".

Rodwell também reconhece que o desempenho do primeiro filme pode contribuir para o atraso do segundo: "Você também deve saber que o primeiro filme, de Spielberg, custou US$ 200 milhões. Em Hollywood, eles querem faturar o triplo. Tintim rendeu 374 milhões, enquanto esperavam 600 milhões e onde Indiana Jones fez 800. Aos olhos de Hollywood, não é um verdadeiro sucesso financeiro. Dado o potencial de Tintim, o próximo filme não deve custar mais de US$ 125 milhões. Se Peter Jackson se adaptar, não haverá problema. Se ele também quiser US$ 200 milhões, como Spielberg, vai ser difícil cumprir o orçamento...", conclui.

Novo álbum


Com respeito a um novo álbum, apesar de sua esposa ter se mostrado contra (saiba mais aqui), Nick Rodwell afirma que a ideia está sim em andamento, mas que não se trata de uma aventura inédita, criada por outro autor. "O projeto de colorir 'Tintim no País dos Sovietes' ainda está em estudo, e caminha para ser lançado em forma de e-book", informa o administrador da Moulinsart.

Página de 'Tintin et le Thermozéro', projeto inacabado de Hergé.

"Em relação a 'Tintin et le Thermozéro', temos encontrado muita coisa nos arquivos. A questão, antes de qualquer projeto de álbum, é saber por que Hergé não foi até o fim desta aventura", explica. Para quem não sabe, o antigo colaborador de Hergé falou sobre isso em uma entrevista que pode ser lida aqui.

Museu Hergé


Apesar de receber uma boa avaliação dos visitantes, o Museu Hergé, inaugurado há cinco anos, tem atraído bem menos visitantes que o esperado. Um dos agravantes é acessibilidade, já que o espaço fica na cidade de Louvain-la-Neuve, a uma distância considerável da capital belga, Bruxelas. "O arquiteto infelizmente não construiu o museu de Lego, de modo que, obviamente, ele não pode se mover para Bruxelas ou Antuérpia", explica Nick Rodwell, admitindo sobre a escolha da cidade universitária: "A culpa foi nossa".

Nick Rodwell e Nat Neujean, que tem suas esculturas expostas no Museu Hergé

Rodwell informa ainda que os planos para melhorar a situação do museu incluem parcerias e grandes exposições. "Decidi ir para outros lugares, para Paris, Bruxelas, Angoulême, investir nossas energias em novos projetos", conta ele. "O museu vai, portanto, ultrapassar suas paredes", continua. "Temos muitas peças em nossas reservas, e é mais interessante mostrá-las, fazendo-as viajar, do que deixá-las em caixas... Temos excelentes contatos com Angoulême [que realiza um festival anual de quadrinhos] para realizar um evento de Tintim a cada ano".

Televisão


Sobre a ideia de aumentar a visibilidade da obra de Hergé, Rodwell revela: "Há também ideias para o desenvolvimento de projetos de televisão em torno de Tintim". Mas faz uma ressalva: "Nada está assinado ainda".

Para ler a entrevista completa (aqui não temos nem a metade), acesse este link (em francês).
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