25 outubro, 2012

TPT Recomenda: A Casa da Seda, o novo romance de Sherlock Holmes

Sherlock Holmes volta à atividade em um novo e envolvente romance, "A Casa da Seda". Mas espera, o criador do personagem já não morreu há anos? Sim, na verdade, há décadas. Só que esta é uma aventura totalmente nova, e o melhor, autorizada pelos herdeiros de Sir Arthur Conan Doyle, autor da série de livros do detetive mais famoso do mundo. O responsável pela obra é ninguém menos que Anthony Horowitz, criador da série "Alex Rider", que atualmente trabalha no roteiro do segundo filme da trilogia "As Aventuras de Tintim".

Mas vamos falar sobre o livro. No prefácio, ficamos sabendo que esta é mais uma obra escrita por John Watson, biógrafo e companheiro inseparável do detetive. Segundo o doutor, a história que se segue é tão chocante que deverá ficar escondida por cem anos; supostamente por este motivo, nunca ouvimos falar do caso em que Sherlock Holmes investiga a sombria Casa da Seda. Anthony Horowitz consegue cumprir com a promessa, levando o leitor a ficar mais curioso a cada página lida, ansioso para devorar cada capítulo e finalmente descobrir o que é a "Casa da Seda", tão mencionada entre sussurros.

A trama começa de fato no inverno londrino de 1890, depois que um distinto cavalheiro visita o número 221B da Baker Srteet, expondo mais um curioso mistério para o já famoso detetive. A investigação começa assim como qualquer outra, até ser repentinamente interrompida por acontecimentos enigmáticos que levam Holmes e Watson aos subúrbios da capital inglesa, passando por indivíduos, cenários e situações que os deixa cada vez mais mergulhados no caso.

Para os fãs dos livros de Conan Doyle, um ponto muito positivo é que o livro é salpicado por referências e citações a outras aventuras. Personagens memoráveis, pelo menos dois deles com papel-chave na série, têm participação importante - e surpreendente - no desenrolar do caso. Já para os fãs de Tintim, vale destacar um das cenas que, acredite, me fez lembrar o álbum "O Lótus Azul". Lá, o detetive entra em uma casa de ópio semelhante àquela visitada pelo repórter no álbum de Hergé - e os fins para os quais as duas lojas são reservadas também não estão lá tão distantes... Mas voltemos ao livro:

Como leitor assíduo da série original, não lembro de ter visto Sherlock Holmes tão pessoalmente envolvido como nesta história. Seu lado humano é trazido à tona quando o detetive consultor se sente responsabilizado pelo assassinato de um dos Irregulares de Baker Street (como ele chama os meninos de rua que auxiliam em suas investigações). E tudo fica ainda mais tenso depois que Sherlock Holmes acaba sendo acusado de um outro homicídio, e todas as provas indicam que ele é realmente o culpado. Mas qual a relação entre esta morte e a Casa da Seda, e onde entra a trama do primeiro capítulo a esta altura?

Não vou continuar contando a história, porque acho que vale a pena que você mesmo leia. Só posso garantir que o espírito dos contos e romances originais é preservado (apesar do número incomum de páginas - 272), e que a revelação final é digna de qualquer obra de Conan Doyle. Arrisco dizer que esta é uma das mais sinistras conspirações reveladas por Holmes, se não a maior de todas. É, pelo menos, a mais chocante.
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