13 fevereiro, 2012

Caso "Tintim no Congo": o fim da novela

Finalmente chegou ao fim uma novela que tem se arrastado por anos. Um tribunal belga rejeitou o pedido de proibição do álbum "Tintim no Congo", acusado de infringir as leis contra o racismo na Europa. O álbum foi o segundo produzido por Hergé, no início da década de 1930, e narra as peripécias de Tintim na ex-colônia belga, incluindo encontros com traficantes de diamantes, nativos, caçadores e animais selvagens.

O tribunal de Bruxelas disse em primeira instância que não acreditava que a edição de 1946 de "Tintim no Congo" tinha a intenção de incitar ao ódio racial, um critério que é levado em conta ao decidir se algo infringiu as leis de racismo belgas.  A decisão foi emitida na noite da última sexta-feira, 10 de fevereiro.

Em 2007, o ativista congolês Bienvenu Mbutu Mondondo (foto) iniciou procedimentos legais para obter a proibição do livro, argumentando que ele retratava os africanos de forma racista. Mas o tribunal belga alegou que o livro de 1946 foi criado em uma época em que ideias coloniais prevaleciam. Não há provas de que Hergé, que morreu em 1983, tenha tido a intenção de incitar ao racismo, disse.

"Está claro que nem a história, nem o fato de que foi posta à venda, tem o objetivo de... criar um ambiente humilhante, degradante, hostil ou intimidador", disse o tribunal em seu julgamento.

Mas o advogado de Mbutu Mondondo disse que apelaria. "O sr. Mbutu levará esse caso adiante o máximo que conseguir", disse o advogado Ahmed L'Hedim à Reuters. Será que a novela terá continuação?
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Um comentário:

  1. Larga o osso, senhor Mondondo! Hergé tirou sarro de todos os povos e culturas, inclusive seus próprios compatriotas. Era tudo na brincadeira e no bom humor ingênuo na minha opinião. Acho que se soubesse que sua estória ofendeu alguém desse jeito o próprio Hergé ficaria abismado

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