05 outubro, 2009

Vilões de Tintim: Gibbons e Chicklet

Gibbons e Chicklet, dois personagens criados por Hergé, dois inimigos de Tintim. Na última página de Tintim e a Alfa-Arte publicada aqui, nosso repórter encontrou os conhecidos vilões na casa do mago Endaddine Akass - que também não parece nada santo... Mas quem são eles? Se você não lembra (ou não sabe nada) do passado dessas duas figuras, o blog te ajuda agora.


W. R. Gibbons

Grande industrial americano, fez sua primeira aparição na página 7 do álbum O Lótus Azul (1936). Com características de um típico e cruel imperialista, Gibbons já estreia mostrando-se insensível e racista, o que fica evidente quando ele agride e insulta um jovem chinês. Tintim tenta impedi-lo, e vencendo uma luta, conquista o ódio do rico empresário, que promete se vingar.

Com a ajuda de seu amigo J. M. Dawson, chefe da Polícia da Concessão Internacional (que também aparece no álbum Perdidos no Mar - ou Carvão no Porão), Gibbons informa sobre o repórter às autoridades japonesas, mas acaba sendo preso por passar informações falsas. Apesar de tudo, o vilão não é culpado por nenhum crime. No entanto, sua ligação com Dawson já o torna suspeito...


R. W. Chicklet

Chamado de Mr. Trickler em inglês, esse empresário corrupto apareceu pela primeira vez em O Ídolo Roubado (ou A Orelha Quebrada, 1937). Agente da General American Oil, ele chega a San Theodoro, terra do General Alcazar, ao supor que há uma grande reserva de petróleo disponível no Gran Chapo (trocadilho com "grand chapeau", ou "grande chapéu"), região que o país divide com o vizinho Nuevo-Rico.

Para assumir o controle total do petróleo, Chicklet decide provocar uma guerra entre os vizinhos. Procurando ainda mais lucro, negocia a venda de armas com seu sócio não menos corrupto Basil Bazaroff (personagem baseado no real Basil Zaharoff).


A inimizade com Tintim começa quando ele tenta subornar o jovem, então coronel em San Theodoro, para que este convença o General sul-americano a declarar guerra ao país vizinho. Obviamente ele não consegue, e temendo que Tintim estrague seu plano, tenta assassiná-lo - sem sucesso. Chicklet parte então para o próprio Alcazar, e além de induzi-lo a guerrear, citando vantagens pessoais que teria por vencer a disputa, semeia dúvidas quanto à lealdade de Tintim, apresentando até mesmo "provas" de que o repórter é, na verdade, um espião. Assim, Tintim é preso e condenado à morte, sem julgamento.


Chicklet fica muito satisfeito ao saber que, após uma tentativa de fuga, Tintim teria morrido. Mas com certeza não sente a mesma alegria ao descobrir que a região do Gran Chapo não tem petróleo algum...

.: Curiosidade: Em O Ídolo Roubado, Hergé satiriza a influência dos empresários na Guerra do Chaco, travada entre Bolívia e Paraguai de 1932 a 1935. Eles estavam interessados nas grandes quantidades de petróleo presentes na região próxima aos Andes, conhecida como Gran Chaco.

Com informações da Wikipedia.

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3 comentários:

  1. Agora recordei melhor desses dois personagens, Britto!

    Valeu!

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  2. Simplesmente adorei. Continue a fazer matérias desse tipo!

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  3. Tinha lido O Ídolo Roubado , mas não lembrava do R. W. Chicklet .

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Fique à vontade para soltar o verbo, marujo!

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