29 maio, 2009

Inaugurado o Museu Hergé

"É um museu em honra de Hergé, em que falamos do autor, do homem, da sua vida, da sua obra" - Laurent de Froberville.

Na sexta-feira passada, 22 de maio, data do aniversário de Hergé, foi inaugurado na Bélgica o Museu Hergé, dedicado ao criador de Tintim. Localizado na cidade de Louvaine-la-Neuve, a 30 km da capital belga, Bruxelas, o museu será aberto ao público a partir a próxima semana, dia 2 de junho.

Com design inovador, o projeto foi desenhado pelo arquiteto Christian de Portzamparc - ganhador do maior prêmio da área, o Pritzer - e tinha sua inauguração marcada para o centenário de Hergé, há dois anos atrás. Mas as divergências entre a Fundação Hergé, fiadora do projeto, e a administração pública belga, que não conseguiram chegar a um acordo para a instalação da instituição em Bruxelas, atrasaram a obra.

Só em 21 de maio de 2007, véspera dos 100 anos de Hergé, Fanny Rodwell, segunda esposa do autor e presidente da fundação que leva seu nome, assentou a primeira pedra da construção.

Nos três andares e nove salas em forma de prisma (uma delas de exposições temporárias), com uma área de 3.600 metros quadrados, os visitantes encontrarão cerca de 900 desenhos e pranchas originais de Hergé, bem como objetos pessoais do autor, documentos e fotografias de família. Dessa forma poderão "penetrar no mundo de Hergé, descobrir a sua vida, o que amava, as suas viagens, os animais de que gostava, a sua paixão por carros e sobretudo 'o homem multifacetado' que ele era", disse Laurent de Froberville, diretor do museu.

É óbvio que Tintim, a criação maior de Hergé, estará em foco, praticamente "onipresente", mas segundo o diretor, o museu quer ir "mais além de Tintim" para dar a conhecer "a obra de Hergé em toda a sua amplitude, que inclui muitas outras personagens, para além das suas criações como desenhista gráfico ou publicitário", e "submergir no seu processo criativo".

Devido à fragilidade dos documentos expostos, as peças serão trocadas a cada quatro meses, evitando que se deteriorem e possibilitando que os visitantes descubram novas obras quando retornarem ao museu.

O edifício, definido pelo jornalista Pascal Mallet, como "um grande navio translúcido", foi concebido por Christian de Portzamparc como a recriação do "mundo enfeitiçador" de Hergé, "num grande barco encalhado à beira da floresta". Quando questionado sobre a claridade que predomina no museu, o arquiteto explicou: "Não gosto de labirintos obscuros".

Segundo Laurent de Froberville, diretor do Museu Hergé, a estimativa é receber cerca de 200 mil visitantes por ano, mas ele não se surpreenderá se "a reputação de Hergé" atrair um número superior.

A primeira exposição, intitulada Expo Europalia Chine, abordando a relação entre Hergé e o país através de seu amigo, Tchang, está agendada para outubro deste ano.

Para ver mais fotos, conheca o site oficial do Museé Hergé.

Fonte: DN Artes.

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Um comentário:

  1. Puxa, o design do Museu Hergé é fantástico!
    De encher os olhos...

    Acho bacana essa idéia de ir "mais além do Tintim" e abordar toda a obra do grande e genial Hergé.

    Valeu!

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